sábado, 22 de agosto de 2015

Ordenações do IBP no Brasil


Por: Padre Luiz Fernando Pasquotto 

Neste sábado, dia 22 de agosto, Festa do Imaculado Coração de Maria, deu-se uma magnífica cerimônia de ordenação na Paróquia São Paulo Apóstolo, na cidade de mesmo nome. Durante Missa Pontifical Solene no Rito Romano Tradicional, Sua Excelência Reverendíssima, Dom Athanasius Schneider, Bispo Auxiliar no Cazaquistão, ordenou dois sacerdotes - Pedro Gubitoso e Tomás Parra - e dois diáconos - Thiago Bonifácio e José Luís Zucchi - do Instituto Bom Pastor (IBP). Estavam presentes inúmeros membros do IBP - sacerdotes e clérigos vindos de toda a parte do mundo (brasileiros, franceses, poloneses, colombianos) -, bem como vários sacerdotes e seminaristas de vários lugares de nossa Terra de Santa Cruz. A grande quantidade de fiéis - igualmente vindos de todas as partes - e o fervor deles durante a cerimônia foram notáveis. Tudo isso mostra como a ordenação de um sacerdote é um grande bem para toda a Igreja. 
Os fiéis puderam seguir com grande fruto todas as cerimônias do rito de ordenação. Entre elas, destacam-se algumas. Primeiramente, a prostração, durante o canto das Ladainhas de Todos os Santos, dos que serão ordenados: reconhecem que nada são diante de Deus e imploram o auxílio de Deus, de Nossa Senhora, de todos os anjos e Santos. Depois a imposição das mãos e a as palavras da ordenação, que são a essência do sacramento, constituindo-os sacerdotes do Altíssimo. A consagração das mãos feita com o óleo sagrado, para que possa tocar no Corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo. A casula desdobrada no final da cerimônia, significando o poder de absolver os pecados. Enfim, todas as riquíssimas cerimônias da Igreja, que, ao mesmo tempo, explicam o que se está fazendo e merecem graças diante de Deus. Cerimônias em que o céu toca a terra.
Na ordenação, aquele que era filho de Deus e soldado de Jesus Cristo torna-se mediador entre Deus e os homens, prestando o devido culto a Deus e comunicando aos fiéis as graças divinas. Nosso Senhor não chama os sacerdotes de servos, mas de amigos. E o Padre é, principalmente, o homem da Missa, o homem da renovação do Sacrifício de Cristo no Calvário, pelo qual o mundo é salvo. Ele trata das coisas mais santas. Quão imensa é a dignidade sacerdotal. Quão grande é a responsabilidade sacerdotal, devendo o Padre responder pelas almas que o Senhor lhe confia. Quão grande é a bondade de Nosso Senhor ao ter instituído o sacerdócio e ao nos dar padres constantemente. Quão grande deve ser a nossa gratidão para com o Salvador.
Devemos, também, por dever de justiça, agradecer ao Eminentíssimo Cardeal Dom Odilo Scherer e ao Excelentíssimo Dom Athanasius Schneider. Graças às disposições da Divina Providência, o Instituto Bom Pastor (IBP), pôde realizar no Brasil, com grande esmero e alegria imensurável, esse ato tão central para a sua vida, que se baseia na formação e no apostolado sacerdotais. Rezemos para que os neo-sacerdotes sejam verdadeiramente bons pastores e rezemos pelo desenvolvimento do IBP.

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Sínodo da Família - Instrumentum Laboris de 2015: um ataque à Veritatis Splendor

Por Roberto de Mattei | Tradução: FratresInUnum.comus, eles não podem sequer ter acesso ao Sacramento da Penitência, que exige o propósito sério de não voltar a pecar. A figura do divorciado recasado, como bem observou o cardeal De Paolis, “contradiz a imagem e o papel do matrimônio e da família, de acordo com a imagem que a Igreja nos oferece”.

Como tornar quadrado o círculo? Para uma análise abrangente do Instrumentum Laboris remeto à excelente análise de Matthew McCusker no site de “Voice of the Family”. Cinjo-me a algumas considerações relativas à abordagem do documento sinodal sobre o tema das coabitações extramatrimoniais.

terça-feira, 18 de agosto de 2015

A Virgem Maria morreu? A resposta pode surpreender você

Por Taylor Marshall.

Há muitos católicos que negam a morte da Imaculada. Eles sustentam que, quando o Papa Pio XII declarou o dogma da Assunção de Maria, deixou a questão em aberto. Eles citam o seguinte trecho da Munificentissimus Deus:
"com a autoridade de nosso Senhor Jesus Cristo, dos bem-aventurados apóstolos s. Pedro e s. Paulo e com a nossa, pronunciamos, declaramos e definimos ser dogma divinamente revelado que: a imaculada Mãe de Deus, a sempre virgem Maria, terminado o curso da vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celestial".

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A dormição da virgem
Observe o Cristo com a Mitra segurando a alma de Maria separada do seu corpo
Aqui, se afirma que o Santo Padro deixou a questão em aberto declarando somente "terminado o curso da vida terrestre", e não "tendo morrido". Maria morreu? Eles dizem que o texto é ambíguo.

Entrevista de Dom Athanasius Schneider ao Catholic Voice

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Fonte: Catholic Voice - Nesta nova entrevista, Dom Athanasius Schneider comenta o Instrumentum Laboris do Sínodo de 2015, alerta contra a tentativa de buscar uma linguagem politicamente correta e explica o dever dos bispos católicos quando confrontados com os temas morais contemporâneos. Sua Excelência também oferece exemplos de santos e escritos espirituais em que podemos buscar consolação e encorajamento neste tempo de confusão e desorientação na Igreja.


Catholic Voice - Sua Excelência, o Instrumentum Laboris do Sínodo de 2015 sustenta que há um "comum acordo" em favor do "caminho penitencial" para os divorciados e recasados "sob a autoridade do Bispo, para os fiéis divorciados e recasados civilmente, que se acharem numa situação irreversível de coabitação". É correto dizer que existe um "comum acordo"?

Dom Athanasius Schneider - A afirmação de que há um "comum acordo" sobre o "caminho penitencial" não é correta. O único docimento público que permitiria determinar a efetiva opinião dos bispos sobre este tópico é a "Relatio Synodi" de 2014. Lá está documentado que 40% dos bispos do Sínodo rejeitaram tal "caminho penitencial". Quando confrontados com tal resultado, dificilmente se pode falar sobre um "comum acordo". Além do mais, não há nenhuma especificação de uma concreta definição sobre tal "caminho penitencial".

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Monsenhor Marcos Pavan : Diretor de Coro do Vaticano participa de evento em Belém


Neste final de semana, de 14 a 16 de agosto, Belém recebe a visita do Monsenhor Marcos Pavan, atual Magister Puerorum (maestro das vozes brancas) do coro da Capela Musical Pontifícia “Sistina”, do Vaticano. O regente, que é brasileiro, irá participar do Encontro Internacional de Canto Gregoriano de Belém, promovido pelo Grupo de Estudos Nossa Senhora de Nazaré e pela Escola de Música da Universidade Federal do Pará (Emufpa), com o apoio do Fórum Landi e da Pró-Reitoria de Relações Internacionais da UFPA (Prointer).
O evento busca incentivar e divulgar a prática do Canto Gregoriano ou Canto Chão, expressão musical oficial da Igreja Católica, e contará com oficina ministrada por Mons. Marcos Pavan; palestra do pesquisador André Gaby, da UFPA; e com Apresentação de Canto Gregoriano seguida de missa cantada na Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos.
Canto oficial da Igreja - “O canto gregoriano é o canto próprio da liturgia da Igreja Católica, segundo o documento Sacrosanctum Concilium do Concílio Vaticano II e tem como característica o fato de ser entonado em latim, por uma só voz e sem acompanhamento instrumental. Ele recebe este nome em razão da tradição, que narra que o Papa Gregório I, Gregório Magno, teria sido o autor deste repertório, fato já questionado pelos pesquisadores da área”, explica André Gaby, coordenador do evento e pesquisador do Canto Gregoriano no Pará.
André Gaby coordena, ainda, o Projeto de Extensão Resgate e Difusão da Prática do Canto Chão no Pará/ EMUFPA. “Este é o segundo projeto que mantemos. A primeira versão tinha como objetivo montar um coro, o qual, agora, já possui dois anos de existência. Este novo projeto busca divulgar a prática musical gregoriana e sua importância histórica e cultural no Estado”.
Livro escrito no Pará no século XVIII foi lançado na Europa - O pesquisador revela que a história do Canto Gregoriano no Pará ainda é inexplorada. “Sabemos, graças às pesquisas de Vicente Salles, que um monge paraense escreveu um livro de Canto Gregoriano em 1780, em Belém, e o material foi publicado em Portugal, apesar de o monge ser Mercedário, uma ordem religiosa espanhola. Como essa relação entre Espanha e Portugal aconteceu? Qual foi a motivação do monge João da Veiga em compilar um livro de Canto Chão em uma Colônia? Essa história, ainda inédita, precisa ser explorada e tentarei abordá-la em breve na minha tese de doutorado.”
Às vésperas dos 400 anos de Belém, ainda há muito sobre a história da cidade a ser divulgado. “Poucos sabem que todos os domingos há uma missa celebrada em latim, na Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, com canto gregoriano, seguindo a tradição católica, de maneira muito semelhante ao mesmo rito compilado, na Idade Média, por Gregório Magno. Incorporamos esta missa à programação do evento por sua importância. Assim, todos estão convidados a conferir, neste domingo, 16, a apresentação de Gregoriano com o coro “Ad te levavi” e missa cantada com o coro ‘Fides ex Auditu’, cuja tradução significa: ‘A fé vem pelo ouvido’”.
Serviço:
Confira aqui a programação completa do Encontro Internacional de Canto Gregoriano de Belém.
Realização de 14 a 16 de agosto, na Escola de Música da UFPA.
Inscrições e informações, acesse aqui.
>> Domingo, 16 de agosto, a partir das 10h, Apresentação de Canto Gregoriano: Schola Gregoriana “Ad te levavi”, seguida de Missa Cantada na Forma Extraordinária do Rito Romano na Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, com participação do Coro “Fides ex Auditu”, programação inteira com regência do Mons. Marcos Pavan, na Tv. Padre Prudêncio, nº 314.
Texto: Glauce Monteiro - Assessoria de Comunicação da UFPA
Foto: Divulgação

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

São Paulo era parente de Herodes?

Por Taylor Marshall.

São Paulo diz que é da tribo de Benjamin e é hebreu filho de hebreus (Fp 3, 5). Em meu livro, The Catholic Perspective on Paul (2010), organizei uma biografia histórica de São Paulo e mostrei como a sua vida inspirou a sua teologia. Desde então, tenho tentado encaixar outra peça do quebra-cabeças de Paulo - o seu parentesco com Herodes.

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Paulo, originalmente, era um "herodiano". Por "herodiano" quero dizer que ele parece ter vínculos com a família e a corte de Herodes. Teologicamente, Saulo/Paulo era adepto da teologia dos Fariseus antes de sua conversão, mas os seus vínculos familiares o ligavam ao círculo mais íntimo de Herodes Agrippa.
Aqui estão as evidências que mostram que Saulo/Paulo tinha ligações com Herodes:
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Timeu era o livro mais popular de Platão
1. Saulo/Paulo tinha profundo conhecimento das escrituras e da tradição hebréia, mas também da filosofia grega. Ele parece familiarizado, p. ex., com o Timeu, de Platão. Ele é hebreu, mas também mergulha na cultura e ciência dos gentios. Esta é a característica "herodiana": identidade judia, lealdade a Jerusalém, familiaridade com os sacerdotes, mas admiração pela ciência dos gentios. Como Paulo...
2. Saulo/Paulo era um cidadão romano. Judeus não eram cidadãos comuns.Nós aprendemos que Saulo/Paulo ganhou cidadania romana no nascimento. Isso significa que seus pais eram hebreus com privilégio da cidadania romana. No Século I, hebreus com este privilégio eram ligados ao governadores da Palestina nomeados pelos romanos - como Herodes.

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Papa Francisco aos leigos: Defendam a Família Natural e testemunhem a fé bíblica


VATICANO, 07 Ago. 15 / 01:17 pm (ACI).- O Papa Francisco fez uma energética defesa do matrimônio frente aos ataques de “poderosas forças culturais” e pediu aos leigos darem testemunho da “fé bíblica básica” e da família natural.

Através de uma carta enviada aos Cavaleiros de Colombo, por meio do seu Secretário de estado, Cardeal Pietro Parolin, o Pontífice assinalou: “enquanto a instituição do matrimônio está sendo atacada por poderosas forças culturais, os fiéis estão chamados a serem testemunha desta fé bíblica e da família natural, essencial à ordem sábia e justa da sociedade”.

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Como rezar o terço?




Não é o prolongamento de uma oração que agrada a Deus e lhe conquista o coração, mas o seu fervor. Uma só Ave-Maria bem rezada tem mais mérito do que cento e cinqüenta mal rezadas.

Vejamos, pois, a maneira de rezar o Rosário para agradar a Deus e nos tornarmos santos.

Em primeiro lugar, é preciso que a pessoa que reza o Rosário esteja em estado de graça, ou pelo menos na resolução de sair do seu pecado, porque a Teologia nos ensina que as boas obras e as orações feitas em pecado mortal são obras mortas, que não agradam a Deus nem podem merecer a vida eterna.

Aconselhamos o Rosário a todas as pessoas: aos justos, para que perseverem e cresçam na graça de Deus; e aos pecadores também, mas para que saiam de seus Pecados.

Deus não permita que por nossos conselhos um pecador empedernido transforme o manto da proteção de Nossa Senhora em manto de condenação para velar seus crimes! Ou que transforme o Rosário, que é remédio para todos os males, num veneno mortal e funesto! A corrupção do ótimo é péssima.

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Vocações Sacerdotais


Para se confessar bem

EXAME DE CONSCIÊNCIA PARA ADULTOS
 A PARTIR DOS DEZ MANDAMENTOS DE DEUS E DOS PRECEITOS DA SANTA IGREJA
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Para os que depois do Batismo caem em pecados, instituiu Jesus Cristo o Sacramento da Penitência com as palavras “Recebei o Espírito Santo; àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados, e àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos” (Jo 20, 22-23).
Esse Sacramento é a “segunda tábua da salvação depois do naufrágio da graça perdida” (Concílio de Trento)
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Esse exame de consciência tem como objetivo ajudar os fiéis a fazer uma boa confissão. Ele é indicado para adultos (a partir de 14 anos, aproximadamente),  contendo pecados específicos contra o 6º e 9º mandamentos. Ele não contém todos os pecados possíveis, como é evidente, mas serve como um guia para ajudar a esclarecer a consciência, a partir das leis objetivas da moral. Além disso, os pecados mencionados não têm necessariamente a mesma gravidade. Alguns são por si veniais, outros mortais, outros podem ser veniais ou mortais, conforme o caso. Por exemplo, um furto pode ser um pecado mortal ou venial, dependendo da quantia furtada. Note-se que não estão incluídos aqui os pecados e deveres próprios de cada profissão, como médico, advogado, comerciante, etc. É preciso lembrar-se deles ao fazer o exame de consciência.
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