sábado, 30 de janeiro de 2016

Domingo da Sexagésima

A Semente é a palavra de Deus

Epístola de São Paulo Apóstolo aos Coríntios (IICor XI, 19-33 e XII,1-9)

Irmãos: Vós, sendo homens sensatos, suportais de boa mente os loucos... Sim, tolerais a quem vos escraviza, a quem vos devora, a quem vos faz violência, a quem vos trata com orgulho, a quem vos dá no rosto. Sinto vergonha de o dizer; temos mostrado demasiada fraqueza... Entretanto, de tudo aquilo de que outrem se ufana (falo como um insensato), disto também eu me ufano. São hebreus? Também eu. São israelitas? Também eu. São ministros de Cristo? Falo como menos sábio: eu, ainda mais. Muito mais pelos trabalhos, muito mais pelos cárceres, pelos açoites sem medida. Muitas vezes vi a morte de perto. Cinco vezes recebi dos judeus os quarenta açoites menos um. Três vezes fui flagelado com varas. Uma vez apedrejado. Três vezes naufraguei, uma noite e um dia passei no abismo. Viagens sem conta, exposto a perigos nos rios, perigos de salteadores, perigos da parte de meus concidadãos, perigos da parte dos pagãos, perigos na cidade, perigos no deserto, perigos no mar, perigos entre falsos irmãos! Trabalhos e fadigas, repetidas vigílias, com fome e sede, freqüentes jejuns, frio e nudez!  Além de outras coisas, a minha preocupação cotidiana, a solicitude por todas as igrejas! Quem é fraco, que eu não seja fraco? Quem sofre escândalo, que eu não me consuma de dor? Se for preciso que a gente se glorie, eu me gloriarei na minha fraqueza. Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que é bendito pelos séculos, sabe que não minto. Em Damasco, o governador do rei Aretas mandou guardar a cidade dos damascenos para me prender. Mas, dentro de um cesto, desceram-me por uma janela ao longo da muralha, e assim escapei das suas mãos. Importa que me glorie? Na verdade, não convém! Passarei, entretanto, às visões e revelações do Senhor. Conheço um homem em Cristo que há catorze anos foi arrebatado até o terceiro céu. Se foi no corpo, não sei. Se fora do corpo, também não sei; Deus o sabe. E sei que esse homem - se no corpo ou se fora do corpo, não sei; Deus o sabe - foi arrebatado ao paraíso e lá ouviu palavras inefáveis, que não é permitido a um homem repetir. Desse homem eu me gloriarei, mas de mim mesmo não me gloriarei, a não ser das minhas fraquezas. Pois, ainda que me quisesse gloriar, não seria insensato, porque diria a verdade. Mas abstenho-me, para que ninguém me tenha em conta de mais do que vê em mim ou ouve dizer de mim. Demais, para que a grandeza das revelações não me levasse ao orgulho, foi-me dado um espinho na carne, um anjo de Satanás para me esbofetear e me livrar do perigo da vaidade. Três vezes roguei ao Senhor que o apartasse de mim. Mas ele me disse: Basta-te minha graça, porque é na fraqueza que se revela totalmente a minha força. Deo gratias!

Continuação do Santo Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas (VIII,4-15)

Naquele tempo: Havia se reunido uma grande multidão: eram pessoas vindas de várias cidades para junto dele. Ele lhes disse esta parábola: Saiu o semeador a semear a sua semente. E ao semear, parte da semente caiu à beira do caminho; foi pisada, e as aves do céu a comeram. Outra caiu no pedregulho; e, tendo nascido, secou, por falta de umidade. Outra caiu entre os espinhos; cresceram com ela os espinhos, e sufocaram-na. Outra, porém, caiu em terra boa; tendo crescido, produziu fruto cem por um. Dito isto, Jesus acrescentou alteando a voz: Quem tem ouvidos para ouvir, ouça!
Os seus discípulos perguntaram-lhe a significação desta parábola. Ele respondeu: A vós é concedido conhecer os mistérios do Reino de Deus, mas aos outros se lhes fala por parábolas; de forma que vendo não vejam, e ouvindo não entendam. Eis o que significa esta parábola: a semente é a palavra de Deus. Os que estão à beira do caminho são aqueles que ouvem; mas depois vem o demônio e lhes tira a palavra do coração, para que não creiam nem se salvem. Aqueles que a recebem em solo pedregoso são os ouvintes da palavra de Deus que a acolhem com alegria; mas não têm raiz, porque creem até certo tempo, e na hora da provação a abandonam. A que caiu entre os espinhos, estes são os que ouvem a palavra, mas prosseguindo o caminho, são sufocados pelos cuidados, riquezas e prazeres da vida, e assim os seus frutos não amadurecem. A que caiu na terra boa são os que ouvem a palavra com coração reto e bom, retêm-na e dão fruto pela perseverança. Laus tibi, Christe!

Lefebvre, Dom Gaspar. Missal Quotidiano e Vesperal. Bruges, Bélgica; Abadia de S. André, 1960

“A semente que caiu em terra boa [...] deu fruto centuplicado”
Se me perguntais o que quer Jesus Cristo dizer com este semeador que saiu no início da manhã para ir lançar a semente no seu campo, meus irmãos, [digo-vos que] o semeador é o bom Deus que começou a trabalhar na nossa salvação logo no princípio do mundo, enviando-nos os profetas antes da vinda do Messias para nos ensinar o que é necessário para sermos salvos. E não Se contentou em enviar os Seus servos, mas veio Ele mesmo, indicou-nos o caminho que devíamos seguir e veio anunciar-nos a palavra sagrada.
Sabeis como é uma pessoa que não se alimenta desta palavra sagrada? [...] É semelhante a um doente sem médico, a um viajante perdido e sem guia, a um pobre sem recursos. É completamente impossível, meus irmãos, amar a Deus e agradar-Lhe sem nos alimentarmos desta divina palavra. O que nos poderá levar a agarrarmo-nos a Ele, se não for o conhecimento que temos Dele? E quem no-Lo dá a conhecer, com todas as Suas perfeições, a Sua beleza e o Seu amor por nós, se não a palavra de Deus que nos ensina tudo o que Ele fez por nós e todos os benefícios que nos preparou na outra vida? 

São João Maria Vianney (1786-1859), padre diocesano, Cura (Pároco) de Ars
Sermão sobre a Parábola do Semeador

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quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Como nos unir ao sacrifício eucarístico?

Por Garrigou-Lagrange, OP.

Pode-se aplicar a isso o que Santo Tomás [1] diz sobre a atenção na oração vocal: “A atenção pode estar ou bem nas palavras para bem pronunciá-las, ou no sentido das palavras, ou no fim da oração, quer dizer em Deus e naquilo pelo que se reza... Esta ultima atenção, que os mais humildes, sem cultura podem ter, é algumas vezes tão grande que é como se o espírito fosse elevado para Deus e se esquecesse de todo o resto”.
  
Assim também para bem assistir a missa, com fé, confiança, verdadeira piedade e amor, podemos segui-la de maneiras diferentes. Podemos estar atentos às preces litúrgicas, geralmente tão belas e tão cheias de unção, de elevação e de simplicidade. Podemos lembrar a Paixão e a Morte do Salvador, cuja missa é o memorial e se considerar como estando ao pé da Cruz com Maria, João, as santas mulheres. Podemos ainda nos aplicar  a render a Deus, em união com Jesus, os quatro deveres que são os fins do Sacrifício: adoração, reparação, pedido e ação de graças[2]. Desde que se reze, mesmo recitando piedosamente seu terço, assistimos com frutos à missa. Podemos também com grande proveito, como santa Joana de Chantal e muitos santos, continuar com a sua oração, sobre tudo se somos levados a um puro e intenso amor, um pouco como são João na Ceia repousando sobre o Coração de Jesus.
 

Papa Francisco: “Que não haja confusão entre família querida por Deus e outros tipos de união”

VATICANO, 23 Jan. 16 / 08:00 am (ACI).- O Papa Francisco afirmou ontem: “Não pode haver confusão entre a família querida por Deus e outros tipos de união”; e pediu uma nova e adequada formação, possivelmente em forma de catecumenato, para os casais que queiram receber o sacramento de matrimônio.

O Pontífice recebeu na Sala Clementina do Vaticano os membros do Tribunal Apostólico da Rota Romana por ocasião da inauguração do Ano Judicial, aos quais reiterou que seu ministério sempre foi ajudar o Sucessor de Pedro, “para que a Igreja, inseparavelmente vinculada com a família, continue proclamando o plano de Deus Criador e Redentor sobre a sacralidade e a beleza da instituição familiar. Uma missão sempre atual, mas de especial relevância em nosso tempo'”.

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

O Uso do Véu

Fonte: Fish Eaters - Há dois mil anos, as mulheres católicas cobrem a cabeça ao entrarem na igreja ou quando na presença do Santíssimo Sacramento (p. ex., ao receber o viático). Previa o Código de Direito Canônico de 1917, no Cânon 1.262, que as mulheres deveriam cobrir a cabeça - "especialmente ao se aproximar da mesa de comunhão" - mas, durante o Concílio Vaticano II, [Dom Anibale] Bugnini foi questionado por jornalistas se as mulheres ainda teriam de agir assim. Ele respondeu, talvez inocentemente, que a matéria não estava sendo discutida. Os jornalistas tomaram a sua resposta como um "não" e publicaram suas desinformações nos jornais ao redor do mundo. Desde então, muitas católicas, senão a maioria, romperam com esta tradição.

domingo, 24 de janeiro de 2016

Domingo da Septuagésima

Ide vós também para a minha vinha

O CICLO DA PÁSCOA

Celebração do Mistério da Redenção da humanidade

           Está encerrada a primeira parte do Ano eclesiástico, o Ciclo do Natal, em que se relembra o Mistério da Encarnação do Verbo Divino. O Salvador  veio ao mundo, e alegres, nós O saudamos como Rei e Lhe rendemos a nossa homenagem. 
           Sua missão é remir a humanidade. Eis o sentido da segunda parte do Ano eclesiástico: a celebração do Mistério da Redenção. Assim como no Natal teve a sua preparação: o Advento, a sua celebração: Natal até Epifania, e o seu prolongamento: o Tempo depois da Epifania, igualmente a Páscoa tem a sua preparação: a Septuagésima, a Quaresma e o Tempo da Paixão, a sua celebração: a Páscoa até Pentecostes, e o seu prolongamento: o Tempo depois de Pentecostes. 

I. O TEMPO DA SETUAGÉSIMA

1. Significação deste Tempo. A Setuagésima é a primeira parte da preparação para a Páscoa e abrange as três semanas anteriores à Quaresma. Embora não fossem exatamente 70, 60 e 50 dias antes da festa da Ressurreição, em imitação, talvez, ao domingo seguinte, Quadragésima, foram estes domingos denominados: Setuagésima, Sexagésima e Quinquagésima.

A mobilidade da festa da Páscoa faz também variar a data da Setuagésima, que, todavia, ordinariamente se abeira do dia 2 de fevereiro, conclusão do Tempo de Natal.

O Domingo da Setuagésima e os dois seguintes são, pois, uma preparação para a Quaresma, tempo de penitência propriamente dito.

2. Nossos sentimentos durante este Tempo. Devem conformar-se com o espírito do Tempo, que é expresso pelos textos das Missas e do Ofício divino que os Sacerdotes rezam. A lembrança da criação do mundo, da queda no pecado e de todas as suas consequências como sejam: a luta do bem contra o mal, da luz contra as trevas, a dor, o sofrimento, eis os assuntos que devem ocupar nosso pensamento durante estas semanas. Começou a luta contra o pecado, contra o mundo e contra a carne. Pelo combate, para a vitória. Pela cruz, para a luz. Pela morte, para a vida. Pelo sepulcro, para a Ressurreição com o Cristo!

Jesus Cristo mesmo nos ensina nos Evangelhos destes domingos estas verdades, e S. Paulo, lutador corajoso, anima-nos por seu exemplo e por sua palavra. Animam-nos ainda os Santos em cujas igrejas nos reunimos.

3. Particularidades deste Tempo. Os Sacerdotes usam paramentos roxos em sinal de penitência. O Gloria in excelsis, que se entoava alegremente desde o Natal, não mais é ouvido, exceto nas festas dos Santos. Igualmente desaparece o Aleluia do Ofício e das Missas ate o Sábado Santo. Nota-se ainda que depois do Gradual, em vez., do Aleluia e seu Versículo, reza-se o Trato, salmo de penitência.

Missal Quotidiano, D. Beda Keckeisen, O.S.B., Tipografia Beneditina, Bahia, junho de 1957.


Epístola: São Paulo Apóstolo aos Coríntios (ICor. IX , 24-27; 10, 1-5).

Irmãos: Nas corridas de um estádio, todos correm, mas bem sabeis que um só recebe o prêmio. Correi, pois, de tal maneira que o consigais. Todos os atletas se impõem a si muitas privações; e o fazem para alcançar uma coroa corruptível. Nós o fazemos por uma coroa incorruptível.  Assim, eu corro, mas não sem rumo certo. Dou golpes, mas não no ar. Ao contrário, castigo o meu corpo e o mantenho em servidão, de medo de vir eu mesmo a ser excluído depois de eu ter pregado aos outros. (Não quero que ignoreis, irmãos), que os nossos pais estiveram todos debaixo da nuvem e que todos atravessaram o mar; todos foram batizados em Moisés, na nuvem e no mar; todos comeram do mesmo alimento espiritual; todos beberam da mesma bebida espiritual (pois todos bebiam da pedra espiritual que os seguia; e essa pedra era Cristo). Não obstante, a maioria deles desgostou a Deus, pois seus cadáveres cobriram o deserto. Deo gratias!


Santo Evangelho: Continuação do Santo Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus (S. Mateus, XX, 1-16).

Naquele tempo, disse Jesus, aos seus discípulos, esta parábola: o Reino dos céus é semelhante a um pai de família que saiu ao romper da manhã, a fim de contratar operários para sua vinha. Ajustou com eles um denário por dia e enviou-os para sua vinha. Cerca da terceira hora, saiu ainda e viu alguns que estavam na praça sem fazer nada. Disse-lhes ele: - Ide também vós para minha vinha e vos darei o justo salário. Eles foram. À sexta hora saiu de novo e igualmente pela nona hora, e fez o mesmo. Finalmente, pela undécima hora, encontrou ainda outros na praça e perguntou-lhes: - Por que estais todo o dia sem fazer nada? Eles responderam: - É porque ninguém nos contratou. Disse-lhes ele, então: - Ide vós também para minha vinha. Ao cair da tarde, o senhor da vinha disse a seu feitor: - Chama os operários e paga-lhes, começando pelos últimos até os primeiros. Vieram aqueles da undécima hora e receberam cada qual um denário. Chegando por sua vez os primeiros, julgavam que haviam de receber mais. Mas só receberam cada qual um denário. Ao receberem, murmuravam contra o pai de família, dizendo: - Os últimos só trabalharam uma hora... e deste-lhes tanto como a nós, que suportamos o peso do dia e do calor. O senhor, porém, observou a um deles: - Meu amigo, não te faço injustiça. Não contrataste comigo um denário? Toma o que é teu e vai-te. Eu quero dar a este último tanto quanto a ti. Ou não me é permitido fazer dos meus bens o que me apraz? Porventura vês com maus olhos que eu seja bom? Assim, pois, os últimos serão os primeiros e os primeiros serão os últimos. [ Muitos serão os chamados, mas poucos os escolhidos.] Laus tibi, Christe!


Lefebvre, Dom Gaspar. Missal Quotidiano e Vesperal. Bruges, Bélgica; Abadia de S. André, 1960

Sermão da Septuagésima

"O Reino dos Céus é semelhante a um homem pai de família".

(S. Mateus 20, 1)

Em nome do Pai e do Filho + e do Espírito Santo. Amém.

Ave Maria...

Uma vez que muitos bispos e padres têm atacado as verdades católicas sobre a família e os sacramentos, sobretudo do santo sacramento do matrimônio, e ainda defendendo o erro sob a aparência de misericórdia, nos pareceu útil e necessário ir tratando nos sermões sobre questões ligadas aos deveres dos esposos e pais, e dos filhos, porque se há uma causa importantíssima da condenação de muitas almas hoje, esta causa é a falta da pregação das verdades divinas. Como diz Isaías, "se a palavra de Deus faltasse, as nossas almas seriam estéreis, esquálidas e sem frutos, como Sodoma e Gomorra" (I, 9). E como, de fato, falta hoje a pregação da palavra de Deus, é que nos tornamos realmente como Sodoma e Gomorra.

E essas verdades de Deus, mais precisamente sobre a família, precisam ser expostas com clareza e não de modo teórico e abstrato. O Papa Inocêncio XI, sabendo disso, ordenou ao seu Núncio em Portugal, Dom Francisco Nicolini, Arcebispo de Rodes, que avisasse aos pregadores para que não falassem conceitos e floreios, mas apostolicamente, e sobre a moral, mostrando a fealdade e a gravidade dos pecados que a cada dia ofendem Jesus Cristo. Por isso falaremos, aos poucos, como já iniciamos, da família católica em geral, dos deveres dos pais e dos filhos, da educação dos filhos e de como fundar uma família.

A Igreja, em seu magistério supremo, sempre defendeu a dignidade e a santidade do matrimônio, e sempre golpeou sem vacilar qualquer desvio nesse assunto. Por muito pobres que sejam os esposos, vivendo numa aldeia sem importância e numa casa com poucos bens, os pais em uma família são colaboradores da obra de criação, redenção e santificação operada pela Santíssima Trindade na História. Enquanto as demais atividades humanas naturais produzem coisas, a vida comum dos esposos está dirigida a produzir seres humanos. Esses homens, Deus espera que sejam seus filhos adotivos e que vejam Sua essência para que sejam eternamente felizes no Céu.

Um filho é um ser humano, e nenhum ser humano pode existir sem alma. Como só Deus pode criar as almas, isso quer dizer que, a cada vez que um filho é gerado, há uma ação direta de Deus ali, por um efeito diretamente produzido no ventre materno. Em nenhuma outra atividade humana natural há uma cooperação tão grande com Deus. No momento em que ocorre uma fecundação, em nenhuma parte da ordem natural Deus está tão presente por sua atividade quanto ali, porque em nenhum lugar a Sua atividade é tão imediata. O matrimônio é divino no seu princípio, porque é um sacramento, e eterno nas suas conseqüências, porque nele há a geração de seres humanos com almas imortais destinadas a visão sem fim de Deus no Céu, com uma conseqüente felicidade eterna infinita.

E para não tornar esse sermão longo, terei que me contentar em simplesmente apontar muitas considerações sobre a família. Primeiramente, talvez vocês olhem para os padres e monges e tenham pensamentos de que "eles vivem para Deus, são bons, se salvarão, não colaboro de modo notável para a salvação das almas, no mundo somos imperfeitos, até mesmo maus, temos grande chance de nos condenar, etc., etc..". Nada mais falso e anti-cristão. Não é mais santo quem vai para o convento ou seminário, e sim quem mais agrada a Deus. A família é santa na sua origem, que é Deus, e tudo o que sai de Deus é santo. Ele a santificou com sua presença em sua própria família em Nazaré, se determinando a ter sua própria família física, material e no tempo, foi em um casamento, elevou o contrato natural do matrimônio à dignidade de sacramento e aboliu para sempre a autorização de repudiar a esposa e de casar novamente enquanto ela estivesse viva.

Os pais oferecem para Deus as suas penas e dores, levam os filhos ao batismo para que sejam filhos de Deus e os catequizam para que aprendam a viver como filhos de Deus. As obras boas das famílias, feitas por cada membro em estado de graça, fazem com que eles mereçam o Céu por mérito real e em estrita justiça; as tradições que protegem as famílias são santas; todas as virtudes são necessárias para se governar uma família e viver numa família. Imaginar que alguém deve entrar no seminário ou no convento porque é incapaz de governar uma família é um delírio. Alguém que é incapaz de ser pai ou mãe por falta de virtude não é capaz de ser sacerdote ou religiosa. Os esposos devem ter temperança nos prazeres que lhes são permitidos, devem ter fortaleza para lutar pela manutenção da existência da família, nutrindo-a e protegendo-a, os pais e os filhos devem ter prudência e justiça para governar e aceitarem na prática o governo realizado, e para agirem uns com os outros, porque são seres racionais que têm direitos e deveres.

A Igreja abençoa o matrimônio e ensina que quem cumpre seus deveres de casado se conforma à vontade de Deus. Um pai de família se santifica sendo um bom pai de família, e uma mãe de família se santifica sendo uma boa mãe de família. E é necessário dizer que quando a lei de Deus é guardada em uma casa, a vida familiar é um início da felicidade que teremos no Céu.

A sociedade depende das famílias para existir. A família é a unidade básica que permite a existência da sociedade. Ninguém nasce por geração espontânea. Só é possível existir membros na sociedade a partir da união de um homem e de uma mulher. Qualquer outra coisa não é uma família. Todos os membros de uma sociedade surgem numa primeira sociedade, anterior à sociedade civil, chamada família, e isto faz com que a família, sob este aspecto, seja superior ao Estado e anterior a ele por sua própria natureza. Agora, pois bem: se a sociedade depende absolutamente da existência das famílias, e os membros das famílias precisam ter todas as virtudes para que ela exista de modo minimamente humano, é necessário concluir que é somente na família católica que se podem encontrar as soluções dos problemas sociais. Como é possível que a sociedade esteja em ordem, se cada fundamento dela, se cada família, não está?

Queremos justiça e paz social? Então é necessário existir justiça e paz nas relações entre os esposos, e entre os pais e os filhos. Os esposos que tratam com dureza suas esposas, que as obrigam a trabalhos que não são próprios a uma mulher, que as insultam, que impedem suas esposas de cumprir seus deveres religiosos e para com os pais delas, que não deixam elas exercerem a caridade para com os pobres, que as convencem ou obrigam a evitar filhos, que se queixam das esposas diante dos outros e dos filhos, que não manifestam gratidão a elas pelos serviços e trabalhos da casa e o cuidado dos filhos, esses esposos são a raiz das injustiças sociais e da falta de paz na sociedade.

As esposas que insultam os maridos ou os provocam, que querem governar a casa com desprezo dos maridos, que os desobedecem no que mandam de justo, que convencem os maridos a não terem filhos, ou de modo claro, ou porque se queixam caprichosamente do excesso de trabalho que têm, que estão cansadas, que estão doentes, etc..., que negligenciam a administração e o cuidado da casa, causando graves perturbações na família, que se entregam a diversões mundanas com descuido das obrigações de esposa e mãe, que pesam sobre os maridos com insistências, ainda que indiretas, de que falta luxo na casa e que gastam excessivamente, que são frívolas, superficiais, que gostam de chamar a atenção de pessoas de fora da família, que se queixam dos maridos para outros, etc., elas são a raiz das injustiças sociais e da falta de paz na sociedade.

Os filhos que tratam os pais com dureza, os ofendem com palavras e gestos, que os entristecem até o choro, que andam com más companhias, que debocham dos pais, que têm vergonha deles, que os desobedecem, que não estudam e trabalham como devem, que lançam no rosto deles os defeitos que têm, que lhes causam indignação e ira, que dão mau exemplo aos irmãos, que vão em lugares mundanos e ruins e que ofendem a Deus, as filhas que se vestem contra o pudor e os filhos que querem aparecer como sedutores atores de televisão, que buscam convencer a mãe a conceder algo que o pai negou, eles são a raiz das injustiças sociais e da falta de paz na sociedade.

Agora, essas injustiças se espalharam nas famílias a ponto de termos milhões de divórcios por ano, e da formação dos filhos ser simplesmente catastrófica, com a conseqüência de termos sempre novos casamentos mal começados e que manifestam estar doentes já nos primeiros meses, e ao invés de procurarem resolver as causas desses problemas, o que se faz é dizer que os concubinatos devem ser acolhidos e que os esposos adúlteros devem poder receber a Sacrossanta Comunhão? É realmente pedir que desça fogo do Céu sobre nós!... Queremos que haja paz e justiça social? Façamos, das nossas famílias, famílias católicas. O grande remédio do mundo? A família católica.

Em nome do Pai e do Filho + e do Espírito Santo. Amém.


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sábado, 23 de janeiro de 2016

Instrução Sobre a Modéstia

A Modéstia na Igreja

Padre Daniel Pinheiro


A vossa modéstia seja conhecida de todos os homens. Filipenses IV, 5


I – Em relação à pureza:

1) As vestes devem cobrir tudo o que está entre os joelhos e os ombros, incluindo joelhos e ombros, e em qualquer posição (de pé, sentado, ajoelhado). As vestes devem, portanto, possuir mangas e devem ser sem decotes.

2) As vestes não devem ser transparentes nem em tom de pele.

3) As vestes não devem ser apertadas ou coladas ao corpo.

Essas regras se aplicam a homens e mulheres, mas, sobretudo, às mulheres, dada a maior fraqueza do homem nesse ponto. É preceito do Apóstolo São Paulo: “Do mesmo modo orem também as mulheres em traje honesto, ataviando-se com modéstia e sobriedade […] como convém a mulheres que fazem profissão de piedade” (1Tim. II, 9 e 10).

Essas são as regras mínimas.

Ainda hoje no Vaticano é proibida a entrada de pessoas que estejam com joelhos ou ombros descobertos. Não há diferença essencial entre a Basílica de São Pedro e a mais singela Igreja: o mesmo respeito é, portanto, devido.

As mulheres evitem, sobretudo na Igreja, roupas mais convenientes ao sexo masculino (calças). Usem saias e vestidos: também isso é parte da modéstia.  Essas regras se aplicam em todo lugar, e com mais razão, portanto, na Igreja.

Resumindo: cubram-se os joelhos em qualquer posição, cubram-se os ombros, cubra-se tudo o que se encontra entre os dois. As mulheres usem saias e vestidos.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Santa Missa neste domingo, 24/01


Liberdade e "liberdades".

Por André Abdelnor Sampaio

A liberdade cristã é uma liberdade relativa ao fim. Relativa ao Bem. Está na capacidade de alcançar voluntariamente um bem autêntico, na ordem devida dos bens presentes na realidade, até chegar ao Bem Absoluto, que é Deus, realizando o Fim da Existência. Logo, o homem livre é aquele que remove os obstáculos internos(paixões desordenadas, ignorância, malícia) e externos(políticos, sociais, econômicos) que impedem a realização do seu Fim. A liberdade está em possuir, aderir a esta finalidade. Fim esse que é Universal, comum a todos os homens, sendo que cabe a todos os indivíduos perseguir este fim, Ordenando suas qualidades individuais para os fins comuns e universais. Posto isto, a liberdade individual não é um fim em si mesma, mas sim meio, instrumento para lograr o Bem-Comum. 

Dado a enorme dificuldade e drama do Ser-Humano em possuir esses fins que ele tende, (pois estão inscritos em suas potências) mas que tanto lhe custam, e que a experiência mostra dia-após-dia que eles são impossíveis de serem conquistados por meros esforços humanos, Dado o fato Revelado que todos possuem uma ferida na natureza,  tendo uma desordem nas faculdades mais excelentes(inteligência e vontade) muitas vezes não conseguindo alcançar os seus respectivos objetivos(conhecer a Verdade e querer o Bem) gerando uma deficiência em suas operações e consequentemente reduzindo em enorme grau sua liberdade. Tal acontecimento denominado de Pecado Original (o qual seus efeitos são constatados empiricamente, mas a causa é anuída pela Fé).

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

O que houve com a música litúrgica?

Por H. L. Duncan

“…nós vamos perder uma grande porção daquela maravilhosa e incomparável realidade artística e espiritual, o canto gregoriano. Temos, de fato, razões para tristeza e até mesmo para perplexidade" (Papa Paulo VI, 1969)

Há tempos, as razões geralmente dadas para esta perda foi a mudança do Latim pela língua vernácula na Missa e o desejo de se modernizar. O Papa Paulo VI descreveu as "inovações litúrgicas do novo rito da Missa que passará a vigorar" e disse que "devemos nos preparar para essa enorme mudança" .

Faz 46 anos desde que Paulo VI tentou nos preparar paras as mudanças resultantes do Concílio Vaticano II. Ele sabia que seria difícil para muitos que teriam de se ajustar à experiência, mas seu esforço era necessário, a fim de estar a serviço do futuro dos fiéis. Ele disse "se nosso latim sagrado pode, como uma cortina, fechar as nossas fronteiras com o mundo das crianças e dos jovens, do trabalho e dos negócios diários, então não devemos nós, pescadores de homens, sermos sábios para tornar acessível esse domínio exclusivo sobre o discurso da religião e da oração"?

Meditação - O milagre de Cristo nas Bodas de Caná

Por Padre Alonso de Andrade, S.J

I. Reflete sobre a piedade da Santíssima Virgem Maria que, faltando o vinho, sem ser chamada, pediu a seu Filho que reparasse aquela falha, e aprende duas coisas: a primeira, que, como a Virgem, não venda cara a piedade para com os teus próximos, mas, conhecendo a sua necessidade, procures atenuá-las sem esperar pedidos ou súplicas dos que padecem; a segunda é uma grande confiança na piedade da Santíssima Virgem Maria, que te concederá o quanto pedires, pois se intercedeu sem ser demandada, quanto mais não intercederá quando a solicitarem? Porque é tanta a sua bondade, que se dá por satisfeita quando lhe pedem e ofendida quando não. Oh, Virgem Santíssima, quão diferente sois dos homens deste mundo, os quais se ofendem pelos que lhes pedem!; a vossos pés me prostro e suplico que dizeis uma palavra por este pobre pecador: pedi a Deus que converta a minha alma de água em vinho, de tíbia em fervorosa: em vindo a faltar, rogai por ela: olha, Senhora, quantas faltas há em mim e pedi por todas a Deus etc.

domingo, 17 de janeiro de 2016

II Domingo Depois da Epifania

Jesus transforma a água em vinho nas bodas de Caná

Epístola: Romanos XII, 6-12

Irmãos: Temos dons diferentes, conforme a graça que nos foi conferida. Aquele que tem o dom da profecia, exerça-o conforme a fé. Aquele que é chamado ao ministério, dedique-se ao ministério. Se tem o dom de ensinar, que ensine; o dom de exortar, que exorte; aquele que distribui as esmolas, faça-o com simplicidade; aquele que preside, presida com zelo; aquele que exerce a misericórdia, que o faça com afabilidade. Que vossa caridade não seja fingida. Aborrecei o mal, apegai-vos solidamente ao bem. Amai-vos mutuamente com afeição terna e fraternal. Adiantai-vos em honrar uns aos outros. Não relaxeis o vosso zelo. Sede fervorosos de espírito. Servi ao Senhor. Sede alegres na esperança, pacientes na tribulação e perseverantes na oração. Socorrei às necessidades dos fiéis. Esmerai-vos na prática da hospitalidade. Abençoai os que vos perseguem; abençoai-os, e não os praguejeis. Alegrai-vos com os que se alegram; chorai com os que choram. Vivei em boa harmonia uns com os outros. Não vos deixeis levar pelo gosto das grandezas; afeiçoai-vos com as coisa modestas. Não sejais sábios aos vossos próprios olhos. Deo gratias! 

Santo Evangelho: São João II, 1-11

Continuação do Santo Evangelho segundo São João. Naquele tempo: Celebravam-se bodas em Caná da Galiléia, e achava-se ali a mãe de Jesus. Também foram convidados Jesus e os seus discípulos. Como viesse a faltar vinho, a mãe de Jesus disse-lhe: Eles já não têm vinho. Respondeu-lhe Jesus: Mulher, isso compete a nós? Minha hora ainda não chegou. Disse, então, sua mãe aos serventes: Fazei o que ele vos disser. Ora, achavam-se ali seis talhas de pedra para as purificações dos judeus, que continham cada qual duas ou três medidas. Jesus ordena-lhes: Enchei as talhas de água. Eles encheram-nas até em cima. Tirai agora , disse-lhes Jesus, e levai ao chefe dos serventes. E levaram. Logo que o chefe dos serventes provou da água tornada vinho, não sabendo de onde era (se bem que o soubessem os serventes, pois tinham tirado a água), chamou o noivo e disse-lhe: É costume servir primeiro o vinho bom e, depois, quando os convidados já estão quase embriagados, servir o menos bom. Mas tu guardaste o vinho melhor até agora. Este foi o primeiro milagre de Jesus; realizou-o em Caná da Galiléia. Manifestou a sua glória, e os seus discípulos creram Nele. Laus tibi, Christe!


Missal Cotidiano e Vesperal por Dom Gaspar Lefebvre Beneditino da Abadia de Santo Andre – 1950




Sermão -  Conselhos aos jovens que pensam em casar


II DOMINGO DEPOIS DA EPIFANIA
17/01/2016 | Capela N. Sr.ª das Dores
Padre Daniel Pinheiro, IBP


Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Amém.

Ave Maria…

Acabamos de ouvir no Evangelho de hoje o milagre feito por Nosso Senhor Jesus Cristo a pedido de sua Mãe nas bodas de Caná. Nosso Senhor, com sua presença santificava, o casamento, Ele santificava a família. Mais tarde, Ele elevaria o casamento a sacramento. A união exclusiva de um homem e de uma mulher para toda a vida em vista da procriação e do auxílio mútuo é algo santo. Sem o matrimônio, sem a família assim constituída, a sociedade desmorona por completo. Mais de uma vez já falamos da importância da família, que é a base da sociedade. E não se pode insistir suficientemente sobre o assunto. Falamos da família e de sua importância capital para o Estado e para a Igreja. Está claro, falamos da família: pai, mãe e filhos. É preciso, para o bem da sociedade e da Igreja, que haja famílias profundamente católicas. Famílias com uma fé profunda, com uma grande generosidade para ter uma família numerosa, se assim Deus o permitir, com uma vida de oração familiar, com o cuidado da educação dos filhos. Os pais participam da obra da criação ao gerar os filhos e devem participar da obra da redenção, educando os filhos para Deus. E a redenção se faz com sofrimento. A educação dos filhos se faz a base de sofrimentos, de abnegação, de sacrifícios. Tudo isso junto com grandes alegrias, e a primeira dessas alegrias é a de poder formar Cristo em uma alma.

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Catequese - O Paraíso de Adão e Eva



Por Padre Lucas Prados.

No artigo anterior, estudávamos que o homem foi criado diretamente por Deus. Assim, analisávamos os dois capítulos do livro do Gênesis, onde aparecem os relatos da criação. Daí, concluímos que:
- Deus os criou como homem e mulher, com a mesma dignidade.
- Formados de um corpo material e uma alma espiritual.
- Criados à imagem e semelhança de Deus.
- Receberam de Deusa ordem de crescer e se multiplicar, e, para isso, foi instituído o matrimônio de um homem e uma mulher para toda a vida.
- Foi dada a condição de respeitar a ordem estabelecida por Deus, para seguir gozando dos dons e da amizade com a qual Deus os havia revestido de modo especial.

No homem podemos distinguir quatro estados reais

a) Estado de justiça original: que é o estado primitivo de nossos primeiros pais, antes de cometer o pecado original. O homem gozava da graça santificante, os dons preternaturais e os dons naturais (que estavam mais desenvolvidos porque não haviam sofrido o efeito do pecado).

b) Estado de natureza decaída: que é o que se seguiu imediatamente após o pecado original. O homem perdeu a graça santificante e os dons preternaturais. Os dons naturais (inteligência e vontade, principalmente), ainda que não tenham desaparecido, se viram afetados como consequência do pecado [1].

c) Estado de natureza redimida: que é o que se segue após a redenção de Cristo. O homem recupera a graça (dons sobrenaturais), mas não os dons preternaturais.

d) Estado de natureza glorificada: que é o estado no qual se já encontram as almas dos bem-aventurados no Céu. O homem possuirá a graça santificante, e, ademais, ao final dos tempos, haverá a ressurreição dos corpos, o que implicará a sua transformação (1 Cor 15: 42-44). No caso de Jesus Cristo e Maria, já estão, alma e corpo, gozando nos Céus sem ter que esperar a ressurreição final dos corpos.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Catequese - Criados por Deus como homem e mulher

Por Padre Lucas Prados.

O homem foi criado por Deus como um animal racional, composto de corpo e alma. É o único ser, segundo o testemunho bíblico, que foi criado à imagem e semelhança de Deus, e a quem Deus constituiu como rei da criação (Gen 1, 26-28).

A criação do homem na Sagrada Escritura

Sobre a criação do homem, há dois relatos no livro do Gênesis:

Gen 1,26-28

"Então Deus disse: 'Façamos o homem à nossa imagem e semelhança. Que ele reine sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos e sobre toda a terra, e sobre todos os répteis que se arrastem sobre a terra.' Deus criou o homem à sua imagem; criou-o à imagem de Deus, criou o homem e a mulher.Deus os abençoou: 'Frutificai, disse ele, e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a. Dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todos os animais que se arrastam sobre a terra'."

e Gen 2, 7-15,18, 21-23

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Programação da primeira quinzena de Janeiro/2016
















Confira a programação de missas na forma extraordinária do rito romano em Belém/PA, na primeira quinzena do mês de janeiro:
05/01 (terça-feira): Santa Missa às 07h30.
06/01 (quarta-feira): Santa Missa às 07h30.
07/01 (quinta-feira): Santa Missa às 07h30.
08/01 (sexta-feira): Santa Missa às 07h30.
09/01 (sábado): Santa Missa às 8h30.
10/01 (domingo): Santa Missa da Epifania, às 11h, com canto gregoriano.
Local: Igreja do Rosário dos Homens Pretos, Trav. Padre Prudêncio, 337, esquina com Aristides Lobo.